sábado, 20 de março de 2010

MEUS POEMAS...

Rabisquei um escrito
evocativo,
bonito
mas sem motivo
pra nascer...
Escrever é um parto
farto
de amoções,
mil razões
afloram,
defloram
a placenta da memória
e a história
faz pegadas na areia...
Fracas,
opacas,
curta vida.
Diluídas
na primeira onda
ou vento forte.
Com sorte,
um bom pré-natal,
pode
vir um ode
afinal...
Entre mil,
num céu de anil
vem o escolhido,
nutrido,
ritmado
e com sentido...
Simetrado
nas regras concebidas
medidas
na régua do saber!
Meus filhos...
Tantos,
quantos,
já nem sei!
Todos mortos,
desaparecidos,
consumidos na maresia,
levados pelo esquecimento
para o cemitério
da poesia...
Triste fim,
é como se fosse eu,
meus Poemas,
nenhum sobreviveu!

Rui E L Tavares

(17/03/2010)

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