sábado, 20 de março de 2010

ROSA / MULHER!


O teu corpo é doce,
suave,
como se fosse
uma viagem
sem entrave...

Pelas veredas do incerto
na fração do instante,
tão perto
da minha mão,
mas tão distante...

Estás aqui e não,
cerro o cenho,
ardo em tesão,
atiço a ira,
te quero e não tenho!

Preciso
acariciar teu seio
e sem juízo
buscar o prazer
por qualquer meio.

E a Lua
nesta rede
te mostra nua,
servida
para matar a minha sede.

Porém tu és uma rosa
nua assim,
esplendorosa
mas indiferente
pois não é do meu jardim...

Fecha-se em botão,
não me quer...
e contra a tua decisão
não ouso te tocar
rosa / mulher!

Rui E L Tavares

(19/03/2010)

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