domingo, 30 de setembro de 2007

A Barca

Lembro com se fosse hoje, era domingo,
o tempo era feio e logo ia anoitecer,
quando senti no rosto o primeiro pingo,
dei-me conta que começara a chover.
Olhei o rio, a barca estava do outro lado.
Faltava alguns minutos até ela voltar,
naquele instante fiquei impressionado,
com uma jovem que acabara de chegar.
Fugindo da chuva, junto a mim ela se abrigou,
tão próximo que seu perfume pude sentir.
Aquele aroma doce me embriagou.
Ainda mais quando ela me olhou a sorrir.
Com dificuldade retribuí o seu sorriso,
tal o torpor que aos poucos me invadia,
era como se eu estivesse no portal do paraíso,
vendo um anjo lindo que para mim sorria.
A barca acabara de atracar,
para reiniciar novamente a travessia.
Corremos todos para embarcar
e logo a velha embarcação partia.
Entre os passageiros procurei por ela,
mas não vi sua inconfundível imagem.
Constatei, então, que aquela doce cinderela,
ficara e me acenava lá da margem.
Desde esse dia a barca vou esperar,
quando o dia começa a morrer,
na esperança de novamente encontrar,
a mulher que nunca mais vou esquecer.
Rui - Set/2007

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Se eu tivesse asas

As vezes me invade um estranho pensamento,
fico imaginando o que faria se tivesse asas,
é evidente que, entre outras coisas, eu voaria,
Mas prá onde? prá onde se tivesse asas, eu iria?
É uma ilusão eu sei, pois asas não vou ter!
Isso é coisa de um pobre sonhador.
Mas se um dia o sonho acontecer,
alçarei vôo ao encontro do amor.
Ah! asas brancas como a paz, eu quero ter,
pois um dia, lá no alto vou estar.
Aí eu quero que todos possam ver
A mensagem de amor que eu vou mostrar.
Com minhas asas, além das nuvens vou voar,
como a águia altaneira também faz
e de lá prá a humanidade vou mandar,
um pedido de muito amor, muita alegria e muita paz.

Rui - Set/2007

A queda D´agua

Descia a sinuosa trilha da ladeira,
entre um fechado mato cheirando a alecrim,
quando ouvi o inconfundível ruído de uma corredeira,
que chegava , de bem distante, para mim.

Cercado de flores silvestres eu avançava,
enquanto pássaros cantavam saudando a minha passagem.
O ruído da corredeira aos poucos aumentava,
anunciando a visão de espetacular imagem.

Quando cheguei ao fim do caminho pedregoso,
extasiado fiquei ao admirar tanta beleza,
pois surgiu ante meus olhos, magestoso,
o mais lindo quadro que já vi na natureza.

A imensa queda d´agua parecia de algodão.
Uma nevoa branca na sua volta espalhava,
parecia que um véu de noiva arrastava pelo chão
e uma tênue nuvem de perfume levantava.

A pureza daquele recanto encantador,
deve ser preservada eternamente,
para que nada prejudique o esplendor
de tão lindo e perfeito ambiente.

Rui - Set/2007.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Meu vizinho Sabiá



Ontem, da janela, fiquei observando

As idas e vindas de um lindo passarinho.

Estava ele, com certeza, trabalhando,

pois quando vinha, trazia no bico um raminho.

E assim, fiquei por horas admirando,

a determinação incansável daquele bichinho,

que, aos poucos, ante meus olhos ia formando,

a solidez aconchegante do seu ninho.

Ele me viu observando com atenção

e retribuiu olhando-me com carinho.

Uma alegria imensa invadiu meu coração,

Por ter aquele sabiá como vizinho.

Agora, de manhã cedo, ouço o seu cantar.

Um trinado suave, de rara beleza,

que com o nascer do sol, vem anunciar,

o encanto sem igual da natureza.

Rui - Set/2007

Ela e o Mar


O mar calmo, sobre a areia, pequenas ondas quebrava
As quais, para o mar, voltavam novamente.
Parecia que a rotina nunca se alterava,
e se repetia, assim, eternamente.

Uma brisa suave contra o meu rosto se chocou,
trazendo-me outra vez à realidade.
Parece que num instante, todo mar se afastou,
e no seu lugar apareceu uma saudade.

Saudade de ti, do teu corpo bronzeado,
do dia em que nesta praia assim surgiste.
Como a rotina do mar, fico vivendo do passado,
pois como as ondas, tu veio e também partiste.

Hoje, conto as ondas que na areia vêm quebrar,
numa rotina que se repete intermitente,
na esperança de na espuma te encontrar,
trazida por uma onda novamente.

Rui - Set/2007

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Pensamento Político


Apesar de não sentir atração pela política, principalmente a nossa aqui da amada pátria brasileira, eu não me considero um alienado em relação aos graves problemas que atingem nosso país nessa área, bem como em outras do interesse imediato deste nosso sofrido e maltratado povo, do qual me orgulho de fazer parte.

Tenho como hábitos diários ler jornais, acompanhar noticiários no rádio e na televisão e até, por que não dizer, ler todas as mensagens que recebo dos amigos através de sites de relacionamento na internet as quais, num percentual aproximado de 80%, tem teor crítico a acontecimentos nada recomendáveis nas diversas esferas políticas da nação.

Recentemente, num verdadeiro bombardeio de informações, chegou ao conhecimento público a atitude dos senadores da República que, em sessão secreta, mantiveram no cargo máximo do Senado Federal o Sr. Senador Renan Calheiros, contra o qual, pesam diversas acusações que estão sendo investigadas. O simples fato de existirem essas pendências, mesmo que sejam apenas índicios, deveria ser suficiente para que esse cidadão, transitoriamente político, se afastasse do poder, optando pela liberdade e transparência plenas dos órgãos competentes, na apuração dos fatos.

Mas não, o presidente do senado se manteve no cargo, lutou com unhas e dentes para manter o poder nas mãos e, graças a uma votação "secreta", recebeu o aval de seus pares no alcance do seu objetivo.

Isso nos entristece e aumenta a convicção, de que no Brasil vale o dito popular "falem bem ou mal, mas falem de mim" e, baseado nisso, arrisco afirmar que temos ai uma nova "PIZZA" quase pronta no forno.

Chuva e saudade

Estou só, lá fora, o estrondo dos trovões e o bater do vento,
anunciando uma intensa tempestade,
que me traz em seu bojo, a chuva, a solidão e o tormento
causado pela imensa dor de uma saudade!

Saudade que vem de longe, lá das entranhas do passado,
quando a juventude, no peito, ainda era latente.
Chega a chuva e eu me sinto tão forçado,
a voltar no tempo, abandonando o meu presente.

A tempestade aumenta, e com ela esta solidão,
e num devaneio, para mim mesmo eu juro:
-viverei de novo a mais sublime emoção,
de estar contigo, outra vez, no meu futuro!

Chove muito, mas já estou mais consolado;
a saudade vai acalmando finalmente,
aos poucos vou esquecendo do passado,
Pois estás comigo agora, em minha mente.
Rui/set-2007

Pensando em Você

Aquí, no jardim, entre estas mesmas flores
Testemunhas das juras de amor que nós fizemos
É que busco lenitivo para todas estas dores
Que, por tua ausência, eu e as flores padecemos.

Parece-me ver-lhes, nas pétalas, lágrimas de tristeza
E só eu sei a razão, só eu sei o porquê
Neste cenário já não há amor, já não há beleza
Eu estou, estão as flores, mas falta você.

Recordo, agora, quando colhi uma rosa e te ofertei
Era branca e pareceu feliz por ter sido a escolhida
Para testemunhar o momento em que jurei
Que te amava e te amaria muito além da vida.

E este amor ainda pulsa e está presente agora
Nas flores, em meu olhar que já não mais te vê
Desde o dia em que, com Deus, fostes embora
Vivo sofrendo e pensando em você.
Rui/jun-1981

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Aquecimento Global


Um dos problemas que atinge o Globo Terrestre, que mais está preocupando os segmentos da sociedade, cujas atividades se voltam para o estudo desse fenômeno, é, sem dúvida nenhuma, o AQUECIMENTO GLOBAL. Causado pelos diversos fatores poluentes que são jogados diariamente na atmosfera, já determina, nos dias de hoje, grandes modificações no clima terrestre, inclusive

com o possível aumento do nível dos oceanos. Já se notam aumentos significantes em fenômenos climáticos como tufões, furacões, tempestades, etc.

Enfim, esse problema é nosso, de toda a sociedade mundial e precisamos, urgentemente, começar a fazer alguma coisa, por mínima que seja, no sentido de evitar que a siuação se agrave, para que possamos deixar para as gerações futuras, um mundo melhor.

ALMA IRMÃ


Navegava na tempestade fria,

Procurava quem me ensinasse o sol.

-Oh!-como eu era triste! como sofria!

...Acolheste-me no teu amor maior.

Na tua meiguice ví o claro do dia;

Tudo se floreceu ao derredor!

Passei a viver horas de fantasias;

Hoje a minha vida tem mais cor...

No meu fardim cultivo uma rosa;

Ouço tua música! minha alma cora!

Tuas letras de ouro...já sei de cor!

Peço a Deus, nunca esquecer teu perfume,Com ele pude encontrar o lume,

Que me levará, um dia, ao teu esplendor...

Machado Carlos

Desfolhando essa boca , pequena, a assim vermelha.
que ao botão de uma rosa se assemelha,
-quanta vez provocava os meus desejos,
desabrochando em flor entre os meus beijos...
Essa boca, pequena e mentirosa,
que diz tanta mentira cor-de-rosa,
-era a taça de amor onde eu saciava
toda a ansiedade da minha alma escrava...
Meu amor transformava-te em rainha,
teu amor me fazia mais que um rei...
Agora tu fugiste... E eu sofro quando vejo
um outro em teus lábios desfolhando
A mesma rosa que eu desabrochei.
JG de Araújo Jorge

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Se eu pudesse..."Se eu pudesse deixar algum presente a você, deixaria aceso o sentimento de amor à vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que nos foi ensinado pelo tempo afora. Lembraria os erros que foram cometidos, como sinais para que não mais se repetissem. A capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável: alem do pão, o trabalho e a ação. E, quando tudo mais faltasse, para você eu deixaria, se pudesse, um segredo. O de buscar no interior de si mesmo a resposta para encontrar a saída."