sábado, 27 de fevereiro de 2010

* MEDIOCRIDADE *

Império da vaidade
egocentrismo
exteriorizado
na hipocrisia do verso.
Anatomia
desnuda
com perfume de arruda
exalando da poesia.
Puxasaquismo
besta
que leva pra cesta
de ouro
verdadeiras porcarias...
Um bacanal de pobreza
sem beleza,
sem nexo,
desconexo
servido sobre a mesa.
Escrever por quê?
Só porque alguém finge que lê?
Comentários,
agradecimentos,
verdadeiras obras-primas
na base do toma lá, dá cá...
Eu te elogio, tu me elogia
tudo pelo bem da poesia!
Ah! no sepulcro onde se deita
pela eternidade,
o verdadeiro Poeta
se ajeita
e se envergonha
com tanta barbaridade.
A POESIA virou política,
uma batalha pelo voto,
na verdade
um andar sem volta
para o abismo da obscuridade...
Quero ser o primeiro a chegar,
já estou cansado de andar
pelos pergaminhos,
destes caminhos,
escrevendo mediocridade!

Rui E L Tavares

(27/02/2010)

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