sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"ESCOLTA"

Vago
no espaço ilimitado
entre nadas
que fecham este vazio.

Trago
no peito desnudo
o frio
do inverno da vida.

No rosto sisudo
o reflexo transparente
inconsequente
da imagem perdida.

Sem formas,
sem definições
num espelho de mágoas
refletida...

Quem sou eu?
Cadê minhas lembranças?
Por que essa escolta armada,
que me fere a alma com suas lanças?

Rui E L Tavares

(13/02/2010)

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