domingo, 28 de fevereiro de 2010

À BEIRA DO CAMINHO


Quando eu ia
pela estrada do nada
te vi sentada
à beira do caminho...

Vinhas,
dos lados do tudo
mas contudo,
procuravas carinho.

Estavas corada,
suprida,
de vida
mas não satisfeita.

E eu que ia
vindo do nada
com a alma cansada
e a face desfeita...

Parei à beira do caminho
sentei
e te olhei...
Vi o horizonte!

...Defronte,
ali sentado
vindo do lado
de onde eu não sei...

Estavas tu
à beira do caminho
procurando carinho
que eu tinha e te dei.

Então, a estrada do nada
encheu-se de tudo
e contudo
cobriu-se de flor!

...Ali,
naquele cantinho
à beira do caminho
nasceu o amor!

Rui E L Tavares

(28/02/2010)

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