sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

LÁGRIMA DE SAUDADE

Hora vazia
da manhã cinzenta
no bojo do dia
que saiu da placenta.

Da noite nascido
veio ao mundo na aurora
enegrecido
na primeira hora.

Rompeu sem sol
num tempo sem apuro
não teve arrebol
só um saudar escuro.

E a passarada
no arvoredo silenciou
não fez revoada
nem cantou...

Na alcova
um corpo sozinho
se renova
na solidão do ninho...

E na branca fronha
a cruel realidade
descansa tristonha
uma lágrima de saudade!

Rui E L Tavares

(10/02/2010)

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