quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

* AS HORAS *

A mordaça
que cala,
cega;
o tempo estala,
mas o ouvido
nega,
um segredo
na ameaça fria;
Um medo,
na noite
vazia.
Enquanto as horas
defloram a noite
da virgindade dos agoras,
fazendo-os
presentes,
que amarguro
no corpo suado
sem passado,
nem futuro.
Impiedosamente
as horas passam
levando nos braços
do tempo,
pedaços
de mim,
para o leito da eternidade.
Lá,
no limbo indefinido
sem sentido
talvez
não sinta mais esta saudade.
Lá,
por fim,
os viços que perdi,
talvez encontrem
os que as horas
já levaram,
de ti...!

Rui E L Tavares

(25/02/2010)

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