terça-feira, 13 de abril de 2010

SEM PRESSA...

A correnteza
segue e me leva
sem opção,
sem escolha,
numa bolha
de ilusão...

Sou marionete do tempo
manipulada
pelas cordas do destino,
como ínfimo detalhe,
um entalhe
pequenino...

Na tábua da evolução.
Detalhe que se move,
mas que não tem a pressa
estampada no rosto
onde se vê um desgosto
que não cessa...

Tenho que ir, resisto,
vou, mas sem pressa...
Sou levado
por instantes intermitentes
numa sequência de presentes
que deixam rastros de passado.

Sem pressa,
vejo a vida passar
à própria sorte,
alheia à minha vontade
caminhando para a eternidade
que virá com a morte!

Rui E L Tavares

(13/04/2010)

Nenhum comentário: