quinta-feira, 15 de abril de 2010

A POESIA

Poesia,
Conversa gravada
à pena;
intimidade seleta
entre o poeta
e ninguém...

Cena abstrata
imaginada
e narrada
num monólogo
com prólogo,
nada além.

Inspiração
do menestrel
vertida em papel
e dissecada no tempo,
jogada ao vento,
a esmo...

Pompa improdutiva
de efeito mágico
e cunho trágico;
espasmo de diálogo
que o poeta tem
consigo mesmo.

No livro,
a sensação
das luzes do cenógrafo;
uma noite de autógrafo,
depois,... nada
além da realidade...

Apenas um lampejo
da mente,
latente
e repleta
do poeta,
na obscuridade.

Rui E L Tavares

(15/04/2010)

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