terça-feira, 22 de março de 2011

A DROGA

A luz que me guia não é tua
nem de outrem é meu ego hediondo
sou essência virgem como a Lua
mistura de cor e breu no Sol se pondo.

Sou o mal e o bem que estão na rua
o cadáver do social se decompondo
a desgraça que não é minha nem tua
sou a explosão final num só estrondo.

Eu sou o tiro fatal que te agoniza
e ao berço das trevas te conduz
lambendo-te com a morte numa brisa
que te chama a um lugar que não tem luz.

Eu te cativo com prazeres disfarçados
com encantos que te trazem aos poucos
para o meu mundo satânico de drogados
que morrem lentamente como loucos.

Eu sou a droga,...sou teu calvário
o teu falso Paraíso, o teu triste fim
só tu podes mudar esse cenário
afastando-te para um lugar longe de mim!

Rui E L Tavares

(22/03/2011)

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