sábado, 22 de maio de 2010

EU & EU

O que sou afinal...
este de carne e osso
ou aquele esboço
que vive no virtual?

Ele não tem meu traço
nem tem a mesma meta
eu sou o poeta
ele apenas um palhaço.

Eu escrevo e ele apronta,
é um Fake na comunidade
pois a bem da verdade
é um vulto de "faz de conta".

Eu criei esse estrupício
e dei-lhe até meu nome
e esse "morto-de-fome"
agora é meu suplício.

E, ainda, o plagiador
anda por ai falando
como eu e se gabando
de ser poeta do amor.

Besta sim, isso ele é
nem existe essa Porcaria
não vai longe, qualquer dia
meto-lhe um ponta-pé.

O meu nome ele assina
no maior descaramento
esse desgraçado nojento
é a minha triste sina.

Eu, trouxa, fico aqui sentado
olhando esta tela anil
e o Fake pelo Brasil
passeando pra todo lado.

O mundo dele é obscuro
são recados, depoimentos
versinhos, "doces momentos"
não sei como é que eu aturo.

Mas de mim sempre está perto
pois depende da minha ação
eu acabo apertando o botão
e esta peste liberto.

O "eu virtual" já é viciado
ao ORKUT se vai sem pensar
esperando lá encontrar
um "Dep" apaixonado.

Enquanto "eu real" pamonha
com a bunda estarrachada
nesta cadeira sentada
fico olhando o sem vergonha.

Mas deixa, o poder está comigo
um dia esse idiota exibido
falso poeta iludido
vai virar meu inimigo.

Ai vai ser uma cena rara
num momento de furor
enfio um deletador
na minha própria cara...!

Rui E L Tavares

(04/05/2010)

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