domingo, 23 de agosto de 2009

LOUCURAS DE UM POETA

Frente a este amor eu sou insano
insano não!...insano é pouco!
Frente a esse amor eu sou profano
impúdico, irracional e louco...

Louco sim, irracional também
entre eu e este amor não há barreiras
não há loucuras impossíveis, nem ninguém
que estabeleça limites ou fronteiras...

Setenta virgens me esperam no Paraíso
basta só ela e eu me explodo em mil pedaços
loucamente, em ato sem juizo
para juntar-me no amor em seus abraços...

Faço loucuras por este amor infame
mato-me mil vezes em espetacular façanha
se ela determinar este vil ditame:
(Firo-me e me jogo num rio com piranha)...

Por mais loucuras que haja feito
ainda não estará descortinada esta faceta
sendo Poeta eu reivindico o direito
de ser louco sem sair da minha caneta...

Por este amor enveneno-me em amarguras
condeno à asfixia meu próprio coração
submeto-me a maior de todas as loucuras
a de voar pelos céus num avião...!

Rui E L Tavares

(14/08/2009)

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