sábado, 28 de novembro de 2009

NEGRO COMO A NOITE

Nevoeiro denso
noite sem Lua
caminho só
a vagar na rua
sem nexo
perplexo
pela calçada
da cidade vazia.
Sombras
vadias
escuro submundo
nenhuma luz
nenhuma poesia.
Negro como a noite
meu "Eu"
um breu
impenetrável
onde transito
perdido
sem sentido
nem direção.
Sou mariposa
iludida
sem vida
num mundo de ilusão
onde vejo
e desejo
um único olhar
negro como a noite
e vazio
como este meu coração.

Rui E L Tavares

(21/11/2009)

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