quarta-feira, 23 de junho de 2010

RENOVAÇÃO




As palavras parecem tortas
na inspiração ressequidas
como inertes folhas mortas
no chão do Inverno caídas.

Nas quimeras doces hortas
abundantes nas Primaveras
hoje secas, galhos que cortas
para buscar novas eras.

Hão de florir em tempo breve
após o rebento da brotação
pois nem o gelo da neve
há de deter a renovação.

Se agora o canteiro está vazio
e a fonte jaz congelada
por certo sob esse frio
a vida está resguardada.

Chegara o tempo morno
e a vida em seus universos
poderei saudar o retorno
das flores e dos meus versos.

Rui E L Tavares

(23/06/2010)

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