Ela estava ali,
a banhar-senas águas límpidas e perfumadas.
Águas que eu mesmo criei
na fertilidade da imaginação,
só para vê-la com exclusividade,
da forma que eu queria,
num lugar criado por mim...
Ela estava ali,
bem como eu imaginei.
Esplendorosamente linda!
nua!
Sorrindo encantadoramente.
Eu despi suas vestes
com a minha impúdica poesia,
deflorei a sua intimidade
com a minha caneta,
com o meu lirismo,
com o meu cérebro tomado de amor.
Ela estava ali,
dentro de mim,
exclusivamente!
Mas eu senti ciúme de mim mesmo
e ela sumiu!
Rui E L Tavares
(28/06/2009)
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