Como se ébrio fosse e tropeçasse
na própria sombra que me persegue
e, de repente, numa esquina me encontrasse
com o destino amargo que me segue...
E, a mim mesmo, eu visse num espelho
andando pela vida sem um rumo
e ouvisse a voz da imagem num conselho:
- Acorda! Volta de novo ao meu prumo...
-Esse amor te faz perder a compostura
e no reflexo sou eu que fico torta;
-Tempera de alegria essa amargura
e fecha à tristeza essa porta...
-Quero estar ereta e refletida
neste espelho que de nós é o refletor;
-Põe um prumo firme em nossa vida;
-Esquece, para sempre, esse amor!
Rui E L Tavares
(24/01/2010)
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