Um vaso quebrado, no chão,
uma taça vazia suja de carmim,
na cama o desalinho,
na alma o gosto do fim.
Lembranças, todas dolorosas
do tempo que o tempo matou,
no vaso quebrado, ainda as rosas
ou delas o que restou.
Dentro de mim, restos do passado
onde meus sonhos ressequidos
morrem na correnteza
e um a um são esquecidos.
Na parede, o teu retrato
quando no auge da beleza,
no ambiente o mesmo aparato
mas no meu interior a certeza.
De que o tempo passou,
hoje os instantes não são iguais,
os meu sonhos se foram,
não voltarão jamais...
Rui E L Tavares
(11/01/2010)
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