Brincastes comigo como se eu fosse
o rato e tu o gato
fizestes de ti um doce
e de mim o fundo do prato.
Fui para ti parco brinquedo
num pobre circo de marionete
onde manipulastes todo enredo
à custa de algum confete.
Com palavras falsas, vazias
ditas às avessas da verdade
pintastes em poesias
o avesso da realidade.
Nunca foi assim como dizias
pois dizias sentir amor imenso
enquanto que por dentro rias
do teu esnobe e inútil contrassenso.
Fizestes da minha noite um dia,
da minha Lua fizestes um belo Sol
mas hoje minha cama está fria
levastes contigo o calor do meu lençol.
Fostes embora nas asas da ausência
sem ao menos uma reles despedida
apagando a luz da minha consciência
semeando trevas em minha vida!
Rui E L Tavares
(24/01/2010)
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