Os pardais agora já não cantam mais,
o silêncio da noite abraça o arvoredo,
reflexos de luz vêem-se nos vitrais
onde brilham imagens de brinquedo.
Esvanece o dia nas cores do entardecer
fundindo-se à noite e no céu doce menina,
a Lua acanhada espia e começa aparecer
em meio a espessos focos de neblina.
Algumas estrelas cintilam e me conforta
vê-las, nem que não as veja por inteiro,
por um vago vão de alguma porta
aberta na extensão do nevoeiro.
A noite é estranha, tudo parece definhar
desaparecendo na névoa como em magia;
fantasmas do passado vem dançar
aos acordes de saudosa melancolia.
Deixo-me adormecer e sonho na saudade
do verão, do mar, de ti, ...daquela poesia,
varo a noite, a madrugada e a claridade
vem acordar-me trazendo um novo dia.
Rui E L Tavares
(11/07/2010)
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