Lágrimas de chuva percorrem minha face
sulcando-me a pele com dolorosa calma
são gotas de uma saudade que nasce
nas duas janelas da minha alma.
Chuva de lágrimas escorre pelo vidro
esfriando-me o corpo ainda inerte
imerso nas histórias de dentro
do tempo que não se inverte.
Transcorrendo numa única trajetória
desde o íntimo desnudo do meu ser
trazendo insossas partículas da memória
pelas cacimbas que não param de verter.
Decorrendo em infantil escapismo
horas de desassossego e dor
auto-piedade e inconformismo
querendo trazer de volta nosso amor.
Anorkinda Neide & Rui E L Tavares
(20/07/2010)
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