Eu vi o Sol brilhar depois da chuva,
depois da noite, eu vi o dia;
vi a rosa queimada da geada
despetalada, morta pelo chão.
Não só vi, mas também senti
ruir meu castelo de ilusão,
pela ação de vento traiçoeiro,
como fraco monumento de areia.
Vi a cor da falsidade, da traição
nas entrelinhas dos textos descarados
condutores de promessas veladas
à perfídia, à luxúria e a mentira.
Ouvi vozes falsas, sons enganadores,
li verso explicativo mas desconexo
justificando a troca da sinceridade
pelos prazeres que advém do sexo.
Escrevi sem rimas, ...elas fugiram
diluíram na lágrima que brotou...
De tudo que vi, senti e triste escrevi,
um amargo vazio foi o que restou!
Rui E L Tavares
(18/07/2010
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