Somos grãos de areia postos num deserto
oriundos da mesma fonte criadora
que parece estar longe, mas de perto
nos estende uma doce mão consoladora.
Tão longínquo e árido, ...tão profundo
o estágio em que vivemos e essa luz
nos atrai e nos mostra outro mundo
e para ele nesta vida nos conduz.
Vida além da vida, vago horizonte,
centelha que fulgura e como essa
indica a grandiosidade de uma fonte
que reluz em nós como promessa...
Mas não basta crermos em tal premissa
permanecendo na condição de grão de areia
vítimas do ostracismo e da cobiça
que nos envolve nos fios da sua teia.
É preciso buscar nossa origem no criador
pelo deserto inóspito, mas sem revolta
rolando entre as dunas, pelo amor
até encontrarmos o caminho de volta.
Rui E L Tavares
(12/07/2010)
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