A chuva cai, mas é lenta
escorre suave no ladrilho
parece que ela tenta
com seu intenso brilho
que reluz e some
escrever o teu nome
num constante estribilho.
É uma chuva de garoa
mais parece lágrimas ralas
displicentes, à toa
traçando pequenas valas
parece tu que do céu
nas gotículas deste véu
saudosamente me falas.
Vejo neste quadro exposto
pela chuva no chão desenhado
o encanto do teu rosto
suavemente molhado
tracejado à mão e pincel
com a essência do mel
num esboço delicado.
Bendigo a garoa que cai
e se despe à minha vista
no nu úmido que sai
do seu toque de artista
formando com tinta brilhosa
a tua imagem airosa
no improviso desta pista.
(Dedicado ao irmão Jarbas Zaneti Lima Tavares,
que está lá no céu)
Rui E L Tavares
(22/04/2010)
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