Às vezes me vejo como um verme
ao qual a insignificância é inerente
sinto-me totalmente inerme
às ameaças que me surgem à frente;
Às vezes também me vejo um louco
que se olha e não sabe o seu porquê
um ínfimo que frente ao pouco
se julga uma pintura de guache;
Às vezes na inércia me vejo um fóssil
e mesmo assim me olho indubitável
assumindo a condição de indócil
frente ao que julgo inefável;
Às vezes, raras, acho que eu sou
um poeta, pensador,...talvez
mas ai sinto ainda mais que estou
perdendo definitivamente a lucidez;
Às vezes até escrevo um pensamento
quando no sonho de versar persisto
e nesse devaneio insano de momento
chego a pensar que realmente existo...!
Rui E L Tavares
(24/02/2010)
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