A madrugada
não é boa conselheira
é parcial,
silenciosa
e nos deixa com olheira.
Afinal,
na madrugada morosa
vive a solidão,
a flor de breu,
não desabrocha a rosa.
Também não brilha o pensamento
nesse trecho da estrada,
na viagem da noite
pelas curvas sinuosas
da madrugada...
Agora, me reviro sem sono
nesta infindável madrugada
fico olhando o teu retrato,
o teu olhar indiferente
e o sorriso de debochada!
Quem sabe agora tu nem lembra
daquela luxúria desvairada
que fazia nossa noite pequena,
pois estás com outro alguém,
em outra madrugada...
Rui E L Tavares
(19/03/2010)
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