sábado, 27 de novembro de 2010

FANTASMAS DA NOITE...

O relâmpago corta o céu e logo vem o trovão
dando um estranho tom ao escuro do meu quarto.
Os móveis assumem breves formas grotescas
projetadas nas paredes em sombras gigantescas.

Rompem lembranças trazidas pelo tétrico temporal
nas faíscas de memória que cruzam a mente em transe
materializando disformes espéctros do passado
no espaço fantasmagórico deste meu quarto fechado.

Uma lágrima da minha pálpebra cerrada cai e se abriga
no travesseiro que a espera de braços abertos...
De repente, na noite, todo esse cenário some,
cai a chuva, só um fantasma fica, o que leva o teu nome!

Rui E L Tavares

(15/11/2010)

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