A voz calou,
não ousou sair da boca.Espatifou-se nos dentes
numa sonoridade rouca.
O Olhar não disse nada
permaneceu opaco e frio
perdeu-se no nada
fixo num ponto vazio.
As mãos deixaram cair a caneta
sobre o branco do papel,
manchando-o apenas,
com o amargo do fel.
As palavras fugiram
para o seu próprio interior.
Calou-se a varinha mágica
pois calou-se o amor.
O coração parou
vítima de mortal seta
que atravessou-o, matando
a inspiração do Poeta!
Rui E L Tavares
(12/07/2009)
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