A mesma hora, a mesma falta de sono
parece uma copia de ontem, o agora
uma sensação sufocante de abandono
um pássaro canta, mas parece que chora.
Um cão uiva ao longe de tristeza
perambulando pelas ruas, abandonado.
As cartas estão todas sobre a mesa
o cenário corriqueiro está montado.
Pego a prancheta, é chegado o momento
de rabiscar nesta folha de papel
o que dita um solitário pensamento
que nas manhãs é amargo como fel.
Minha mão escreveria, mesmo que sozinha
pois é rotina o que me vai no coração
depositando palavras em cada linha
compondo versos de dor e solidão.
Nasce, então, um poema de nostalgia
gerado no útero de um coração que pulsa,
vem ao mundo na forma de poesia
como filho bastardo de inspiração avulsa!
RUI - Jan/2009
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