Quanto vazio em cada noite
que na vida passo, sem sentido
querendo que quebrem este espelho
onde me vejo alquebrado, ...refletido.
Quanto giros na cama da amargura
quantos pedidos negados, à "cabeceira"
quantos sonhos inutilmente sonhados
em cada noite, pela vida inteira.
É na noite que o monstro da carência
assombra minhas horas sem pesar
quando sinto que o algoz da minha vida
mais uma vez virá me atormentar.
E no agito que vivo a cada instante
abafado por um lençol molhado
pelo suor acre de uma solidão
que me deixa, na saudade, sufocado.
Cada anoitecer é uma esperança
de um acordar com outro Sol
com uma mão segurando a minha mão
por baixo do "seco" de um lençol.
RUI - Out/2008
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