Esse vento que agora sopra forte
e vem uivar no canto da varanda
são mãos que jogam à própria sorte
as flores que pendem da guirlanda.
Num rumo vago e sem suporte
como bólido que a esmo anda
açoita a vida sem sul nem norte
com chicote perfumado em lavanda.
Balança a porta, penetra, traz o frio,
leva o calor em louco redemuínho
deixando um vácuo tão vazio
nas pegadas que deixa no caminho.
E se dilui no vão de cada hora
levando a ilusão que nem viveu
despetalando por ai afora
uma linda rosa que morreu!
Rui E L Tavares
(13/08/2010)
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