quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"À BEIRA DE UM BALCÃO"

Foi tu, quando?, não me perguntes, não sei!
talvez tenha sido numa noite de verão
só sei que foi à beira de um balcão
que amargurada e triste eu encontrei.

À tua frente um copo já vazio
e mais outro inerte, ainda cheio
em teu redor um ambiente alheio
ao teu estado desligado e frio.

Ao teu lado sentei-me e de inopino
busquei no teu rosto o teu olhar
e nele, então, eu pude me enxergar
como luz final do teu destino.

Pedi uma bebida e te sorri
como resposta um arremedo de sorriso
mesmo assim vi nele o Paraíso
tal o deslumbre doce que senti.

Hoje volto à beira deste balcão
no ambiente ainda alheio deste bar
unicamente pra beber e pra chorar
a nossa amarga e cruel separação!
RUI - Dez/2008

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