-A pedido da minha amiga poetisa DINÁ ALMA CIGANA.
(Postado, originalmente, na Comunidade do ORKUT REINO POÉTICO DE PASSÁRGADA)
Eu caminhava, como sempre faço, em exercício
encurtando as distâncias, fazendo atalho
quando vi um carroceiro submetendo a suplício
um burro, seu companheiro de trabalho!
O burro pelancudo, magro, fraco e empacado
tracionar a carroça pesada se negava
e o seu dono, dependente dele, endiabrado
impiedosamente lhe açoitava!
E eu que a essa barbárie assisti
pensei comigo: "Ah! isso acontece a toda hora
segui em frente, fiz de conta que não vi
continuei caminhando e fui embora!
E hoje pergunto, ao lembrar daquela cena
quem foi o "burro", será que foi o burro que sofria?
será que fui eu o "burro" por não agir, ficar só com pena?
ou se o "burro" foi o dono que no burro batia?
Depois de muito analisar, conclui:
"Burro" foi o dono do burro, que o espancou!
"Burro" fui eu que passei, fiz que não vi!
Só não foi "burro", o burro que protestou!
Obs: Essa cena aconteceu na realidade, mas não no que diz respeito a minha participação. Eu agi sim, tomei as providências cabíveis pois adoro os animais e sempre sairei em sua defesa em situações como essa. Eu me coloquei no lugar daqueles (são muitos) que passam, assistem, ficam com pena, mas não fazem nada.
RUI - Jul/2008
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