domingo, 18 de julho de 2010

NOVO DESTINO

Caminho para o Sol poente,
venho da nascente
dos meus primeiros dias.

Trago comigo os pesos
uniformes, coesos
e as retinas, cacimbas vazias.

Pesadas são minhas dores
restos tantos de amores
que no andar deixei.

Retinas, cacimbas que secaram
pelas lágrimas que vazaram
no pranto que chorei...

Vago pelo Sol do meu caminho
condenado a viver sozinho
mesmo sem a luz da esperança.

Meus passos são de ilusão,
minha incerta direção,
apenas fagulhas de lembrança.

Onde o Sol todo dia vai se por
busco também eu, no esplendor
voltar ao brilho de menino...

E com a lágrima renovada,
a pesada carga aliviada,
nascer para um novo destino.


Rui E L Tavares

(17/07/2010)

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