domingo, 16 de novembro de 2008

O QUÊ ME RESTA?

Chove! mas é uma chuva calma
cai suavemente molhando a terra seca
de onde um perfume característico exala
envolvendo com tênue olor uma triste alma.
O quê me resta a não ser ouvir a garoa
que ritmada mente pinga lá fora
além de um sabiá que pousado ao longe
um canto de triste solidão entoa.
O quê me resta senão ouvir o passarinho
que junto com a chuva compõe uma orquestra
tocando uma melodia melancólica
que parece lembrar que estou tão sozinho.
O quê me resta senão viver a melancolia
acentuada pela chuva e o sabiá
que harmonicamente vêm anunciar
a chegada de mais um triste dia.
O quê me resta a não ser esperar
ouvindo lá fora essa doce sinfonia
por um pouquinho que seja de alegria
que virá de alguém que diz me amar
não me resta nada, a não ser esperar!

RUI - Nov/2008

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